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Um olhar sobre a política e o poder no Brasil

Colunista do de onde é a pixbet e da rádio CBN. Trabalhou na Folha de 💶 S.Paulo e no Jornal do Brasil. Foi correspondente em de onde é a pixbet Londres e escreveu o livro "Mil dias de tormenta"

26/05/2024 00h00 💶 Atualizado 26/05/2024

No mês passado, pais de crianças autistas começaram a receber um aviso inesperado. Por e-mail, 💶 a administradora Qualicorp informava que seus planos de saúde Amil seriam cancelados. A empresa alegou que os contratos estariam “gerando 💶 prejuízo” à operadora. Por isso, seriam encerrados unilateralmente, mesmo com as mensalidades em de onde é a pixbet dia.

O drama das famílias atípicas chegou 💶 à imprensa. Em pouco tempo, soube-se que o problema era maior — e envolvia outras gigantes do setor. Idosos, portadores 💶 de doenças raras e pacientes com câncer também entraram na mira das rescisões em de onde é a pixbet massa. Passaram a ser vistos 💶 como clientes indesejáveis, a serem varridos das carteiras de seguros.

Em anúncio publicado nos maiores jornais do país, a Amil disse 💶 agir “dentro da mais absoluta legalidade”. A operadora afirmou que “lamenta os transtornos causados” e descreveu o cancelamento como uma 💶 medida “difícil”. Se é difícil para ela, imagine para as famílias que ficaram desprotegidas no momento em de onde é a pixbet que mais 💶 precisavam do plano.

Num mercado acostumado a fazer o que bem entende, a rescisão unilateral virou epidemia. As queixas à Agência 💶 Nacional de Saúde Suplementar (ANS) subiram 99%. A Secretaria Nacional do Consumidor notificou os planos e definiu a situação como 💶 “inaceitável”. Na Câmara, arma-se uma CPI para investigar as empresas e a atuação da agência reguladora.

“A ANS é uma vergonha. 💶 Entre a operadora e o cliente, sempre escolhe o lado da operadora”, critica a médica e professora Ligia Bahia, da 💶 UFRJ. Ela define a rescisão como uma prática “perversa”. “O cliente interessa quando está saudável e deixa de interessar quando 💶 está doente”, resume.

Na quinta-feira, a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) se defendeu nos jornais. Em carta aberta, afirmou 💶 que as operadoras “têm enfrentado um quadro desafiador, especialmente com a proliferação de fraudes”. O texto tem 200 palavras, mas 💶 evita os termos “rescisão” e “cancelamento”. “O que se deseja é a ampliação do acesso à saúde suplementar, com cada 💶 vez mais qualidade e segurança”, conclui. Faltou explicar como ampliar o acesso à saúde negando direitos aos segurados.

Fraudes são caso 💶 de polícia, e cabe aos planos denunciar quem age de má-fé. Ao citá-las de forma genérica, as empresas tentam desviar 💶 o foco e ofendem famílias que apenas lutam por atendimento. “Estão expulsando as crianças, e não as clínicas fraudadoras. Ou 💶 estão insinuando que os pais ganham com reembolsos fraudulentos?”, questiona Ligia Bahia.

“Se a família é obrigada a interromper as terapias, 💶 a criança corre o risco de regredir. Os relatos que estamos recebendo são de partir o coração”, desabafa a psicopedagoga 💶 Viviani Guimarães, do Movimento Orgulho Autista Brasil (Moab). Na quarta, a entidade obteve uma liminar que proibiu a Amil e 💶 a administradora Allcare de cancelar contratos de famílias atípicas no Distrito Federal. A Amil afirmou que “cumprirá integralmente” a decisão.

Na 💶 véspera, Viviane se chocou com o tom das empresas em de onde é a pixbet audiência na Câmara. Representante da Qualicorp, o advogado Alessandro 💶 Acayaba de Toledo insistiu na tese das fraudes, levantou suspeita sobre a “proliferação de clínicas” e opinou que terapias intensivas 💶 “não parecem adequadas” para crianças autistas. O doutor definiu o trabalho da ANS como “fantástico”, “muito rico” e “valioso”. Sem 💶 corar, disse ter conversado com um diretor da agência reguladora antes da sessão.

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